- Paulo Sérgio Rosseto
eu venerável de mim
Martela-me o severo malhete da consciência
Eu venerável de mim ouso-me em riste a palavra
E ouço de pé e a postos a sentença que mereço
Ainda que esta arremate minha própria cabeça
Dou-me aos meus atos constante vigilância
Sobre todo o agravo pela oratória transcrita
Sei de onde vim mas desconheço o destino
Por isso o presente é o que me representa
Caso descumpra as leis impõe-me a carapuça
Cega-me os olhos ora ceifa-me a garganta
Mas não permita que caia eu em desmazelo
Pior que renegar seria descrer por completo
Da magnitude indescritível de tua imagem
Por achar-me maior que a própria ordem